O que significa monitorar a qualidade da água e por que é tão essencial?
A água é um recurso essencial para a vida humana, entretanto, é limitada e vulnerável a diversas contaminações como metais pesados, pesticidas, patógenos e nutrientes em excesso, assim, realizar o monitoramento de qualidade da água é essencial. Muitos corpos d’água brasileiros já atingem níveis críticos de contaminação, chegando à classificação de classe 4 segundo o Conama 357/2005, o que indica que sua utilização é restrita, não sendo adequada para consumo ou contato humano.
Nesse cenário, o monitoramento da qualidade da água se torna fundamental. Ele permite identificar alterações, acompanhar tendências de poluição e agir antes que a degradação se torne irreversível. Avaliar a qualidade de um corpo hídrico significa coletar, analisar e interpretar dados sobre suas propriedades físicas, químicas e biológicas para verificar se a água é segura e apropriada para usos como consumo, irrigação ou lazer.
Principais contaminantes da água
A contaminação dos corpos d’água representa sérios riscos à saúde humana, sendo um problema de saúde pública e ao equilíbrio dos ecossistemas. Entre os principais contaminantes estão:
- Matéria orgânica e compostos que reduzem o oxigênio dissolvido durante sua decomposição;
- Microrganismos patogênicos responsáveis por enfermidades transmitidas pela água;
- Nutrientes como nitrogênio e fósforo, que estimulam a proliferação de algas e causam eutrofização;
- Metais pesados como chumbo, mercúrio e cádmio, tóxicos mesmo em baixas concentrações;
- Compostos orgânicos oriundos de pesticidas e processos industriais;
- Micropoluentes emergentes como microplásticos e disruptores endócrinos.
A má qualidade da água pode causar doenças como cólera, hepatite A, diarreia, leptospirose, febre tifóide, giardíase e amebíase.
Como é o monitoramento da qualidade da água garante segurança?
A prevenção de doenças de veiculação hídrica exige o monitoramento por meio de análises microbiológicas. A detecção e quantificação de indicadores como coliformes totais, Escherichia coli (E. coli), esporos de Clostridium perfringens e enterococos permitem avaliar a presença de microrganismos patogênicos, assegurando a potabilidade e segurança da água.
No Brasil, um dos principais indicadores qualitativos é o Índice de Qualidade da Água (IQA), calculado a partir de parâmetros como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, resíduo total, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total e turbidez.
Um IQA baixo indica água de má qualidade para consumo, mas ainda pode ser utilizada para fins menos exigentes conforme as classes definidas pela Resolução CONAMA nº 357/2005, que orienta o enquadramento dos corpos hídricos — instrumento central da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997).
Além de avaliar a qualidade da água, é essencial que os efluentes sejam tratados antes do descarte. A CONAMA nº 430/2011 estabelece padrões para lançamentos de efluentes e exige que empresas realizem o controle da poluição, protegendo os corpos hídricos.
Nesse contexto, a Agência Nacional de Águas (ANA), por meio da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade da Água (RNQA), coordena a coleta e análise de dados nos rios do país, garantindo informações padronizadas e confiáveis que apoiam decisões sobre gestão e uso dos recursos hídricos.
Soluções e papel da Hidros
A preservação da água depende tanto da conscientização ambiental quanto do cumprimento das normas. As regulamentações exigem que empresas tratem seus efluentes, minimizando poluentes antes do descarte e protegendo os recursos hídricos.
A Hidros Consultoria contribui oferecendo serviços de análise de água e educação ambiental, auxiliando empresas, instituições e comunidades a monitorar seus corpos hídricos. Assim, é possível garantir conformidade legal, promover sustentabilidade e assegurar o uso seguro da água, preservando esse recurso para as gerações atuais e futuras.
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