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5 etapas de um orçamento de obras completo

Um orçamento preciso é essencial na construção, evitando problemas. Normas como ABNT NBR 16633 discutem padronizações para essa prática.
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Kim Gutman

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Um orçamento de obras

Um orçamento de obras é uma das etapas mais importantes de toda a construção, definindo quanto será gasto. Falhas nessa etapa podem ocasionar grandes problemas durante a execução. Essa fase é tão importante que há uma discussão sobre a criação de normas de precificação para obras de infraestrutura, o projeto de norma ABNT NBR 16633.

Classificação dos orçamentos de obras

Um orçamento pode ser classificado de acordo com em que fase o projeto se encontra ou de acordo com sua complexidade:

  • Estimativa de custo: é uma ideia do quanto será gasto, sendo baseada em projetos anteriores ou em indicadores, como o Custo Unitário Básico. Este indicador é resultado de uma pesquisa mensal realizada pelo SINDUSCON de cada estado e representa o valor médio por metro quadrado.
  • Orçamento preliminar: são estimados quantidades e custos de serviço, como por exemplo a quantidade de concreto, tijolos e areia. Além de levar em consideração o custo de mão de obra para realizar o projeto.
  • Orçamento analítico: nesse tipo de orçamento, utilizamos combinações de custo de serviços com quantidade de materiais e equipamentos necessários. É essencial conhecer os:
    • Custos diretos: materiais, equipamentos e mão de obra.
    • Custos indiretos: custos não relacionados diretamente ao projeto, como impostos, transporte, alimentação e etc.

Orçamento de obras de qualidade

Para que o orçamento seja de qualidade precisamos de:

  • Projeto Executivo
  • Projetos complementares
  • Especificações precisas
  • Composições de preço e serviços específicos
  • Preços de insumos de cada serviço
  • Planejamento da obra

Agora que conhecemos os tipos de orçamento, vamos às etapas:

    1. Levantamento quantitativo de material: Como o próprio nome diz, é um levantamento quantitativo de tudo o que será usado na execução do projeto, como estruturas, revestimento de parede, metais e etc.
    2. Definir as CPUs (Composições de preços unitários): Durante essa etapa, definimos quanto será gasto para cada material ou serviço. Além disso, também são estipulados o preço unitário de 1m² para cada componente de custo do projeto. São utilizadas fórmulas para definição de cada um dos materiais para serviços específicos a serem detalhados no projeto.

Podemos utilizar as CPUs para determinar se um serviço está caro ou barato em relação ao mercado, utilizando bases de gastos por m² para serviços específicos de acordo com algumas fontes de composição.

Existem várias fontes de CPUs que podem ser utilizadas como base. Sobretudo, uma das mais acessíveis é o SINAPI, Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. Pode ser baixado referente ao seu estado neste link.

  1. Definição de Custos Indiretos: O quanto será gasto de água, energia, transporte. Portanto, devemos sempre levar em consideração estes custos, mesmo sendo de pequeno impacto em pequenas obras.
  2. Roteiro de orçamento: A união dos custos unitários e indiretos, incluindo impostos sobre serviços e encargos sociais. Desse conjunto obtemos o custo total da obra.
  3. BDI (Bonificação e Despesas Indiretas): É onde se encontra o cálculo de lucro da obra, que é definido pela empresa de acordo com o tipo de obra, cliente ou mercado. Todavia, lembramos que este não é incluído no orçamento de obras próprias, já que ninguém lucra de si mesmo.

E depois do orçamento de obras?

Com todas essas etapas prontas e a sua planilha de gastos perfeitamente montada, você estará muito mais perto de um projeto de sucesso! Portanto, caso queira saber mais sobre outros tópicos relacionados a obras de infraestrutura e engenharia, fique por dentro do nosso blog.

 

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